Como é voar na Air China de São Paulo para Madrid

Férias à vista, chegou a hora de comprar passagens para nossa viagem à Andaluzia.

Na procura por passagens encontramos um voo da Air China custando 30% menos que a segunda cia mais barata – uma diferença de mais de R$ 600. Encontramos poucos comentários sobre a rota São Paulo Madri (GRU-MAD) pela airchina, mas pelo preço decidimos arriscar.

Aí vai nossa experiência:

COMPRA -pelo site da airchina, bem tranquilo. único problema é que não aceitam Amex, só Visa e Mastercard.

CHECK IN – tranquilo, abriu no horário com pessoal de terra falando português em GRU.

EMBARQUE -também tranquilo e organizado. Nada de anormal.

AERONAVE – aí começa a hora da verdade. Aeronave pequena pra rota (A300), com economica em 2 – 4 -2.

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Olhando de fora nem parece que é tão ruimOH WAIT

O espaço da poltrona é MUITOo pequeno, sou magro e tenho estatura mediana (1,78m e 73kg) e mesmo assim ficava com o braço tocando o vizinho. Desconfortável mesmo viajando com alguém conhecido, deve ser um  horror se nao conhece a pessoa ao lado – ou ainda pior: se viajar nas poltronas do meio.

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O espaço (ou a falta dele) entre as poltronas.

 

As poltronas reclinam como qualquer outra economica, mas o aviao é mais barulhento que os outros – já aprendi que em voos longos é bom sempre levar protetor auricular (daqueles laranjinhas usados em chão de fábrica) e tapa olhos para dormir. Na airchina mais ainda, porque alem do barulho das turbinas ser mais alto que o normal, as luzes brancas ficaram acesas boa parte do voo.

ENTRETENIMENTO – vixeee. o avião era bem antigo, as telas muito velhas, ja desgastadas e com pessima visibilidade – os controles funcionavam mal e tinha a poltrona sem tela (vi quando fui ao banheiro). Entretenimento só em inglês, francês e mandarim – se voce nao fala nenhum deles, leve seu ipad ou alguns livros. Dificil encontrar os filmes e mais dificil ainda emxergar alguma coisa na telinha ou escutar nos fones. Mesmo assim assisti dois filmes durante o voo, porque tava dificil dormir.

Tela Entretenimento Airchina - desespero!!!

Entretenimento de bordo da airchina – tudo em mandarim, péssima visibilidade, áudio horrendo. Osso.

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ATENDIMENTO À BORDO – aeromoças falavam pouco ingles, mas eram muito atenciosas, simpáticas e cheirosas hehehe – tinham um perfume suave, nada enjoativo e que passava um aspecto de limpeza.

REFEICOES – li relatos de que as comidas seriam muito asiáticas (noodles no café da manhã, por exemplo) e decidi pedir menu especial ainda na compra da passagem. Na ida fiquei com medo de pedir veggie, então decidi pelo kosher. Minha refeicao veio antes das demais, lacradinha e sem surpresas! Amen (ou shalom?)!

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Kosher meal airchina economy

Bom, no jantar as opcoes eram peixe ou frango (para as ultimas fileiras só sobrou peixe) e no café da manhã omelete ou, adivinhem só: NOODLES! dessa vez o serviço iniciou pela traseira do avião, entao as primeiras fileiras tiveram que encarar o macarrao com legumes no café da manhã. Meu prato kosher veio com omelete, bolinho e pao.

Já na volta, não pedi refeição especial e o café da manhã me fez um mal danado. Fiquei 3 dias passando MUITO MAL – uma intoxicação brava. Acho que é falta de higiene, mesmo. O avião estava vindo de Pequin e fez essa “baldeação” rápida em Madri, quando entramos, sem ter limpado muito bem. Também percebi que as aeromoças limpavam os banheiros e em seguida serviam as refeições. Não dava pra esperar um resultado diferente, né?

RESUMO – o aviao é ruim. o atendimento é razoável. A comida é péssima e me causou intoxicação na volta (ainda bem que foi na volta, já pensou iniciar a viagem com o pé esquerdo?). Bom, a diferença para a 2ª cia mais barata – Iberia – era de R$ 600. Como sou jovem, magro e não muito alto, consigo dar um jeito. Mas certamente não vale nada a pena para alguém com mais idade, mais massa e/ou mais alta.

Se você também fez esse voo, conte como foi aqui nos comentários 🙂

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Restaurantes em Lima – onde comer

Onde comer em Lima, capital gastronômica da America Latina?

Aproveitei muito os quatro dias que passei em Lima e fiz um resumo dos restaurantes que visitei durante minha estadia na capital peruana. Não que eu tenha visitado muitos países, mas dos lugares onde estive, a comida peruana foi a que mais gostei, tanto pela variedade, como apresentação, qualidade e sabor.

Tivemos a sorte de chegar no final de semana em que ocorria a MISTURA, a feira gastronômica internacional de Lima, realizada pela Sociedade Peruana de Gastronomía (fundada pelo Gastón Acurio) e que concentra barraquinhas de todos os tipos de comida de todo o Peru. Totally worth it! Provei muita coisa: sanguches de carne, lomo saltado, cebiche, comida japonesa, chica morada e uns 3 tipos de cerveja. Comprei um ají daqueles e um licor de coca. Auuuu.

 

Assado de Alpaca na Mistura

Assado de Alpaca na Mistura

Dividi minhas experiências em 4 grande seções: over the top, very good, average e below expectations.

Só de lembrar me dá água na boca… e uma puta vontade de voltar pra Lima.

OVER THE TOP

La Baguette: este restaurante ficava ao lado do hotel em que me hospedei. Freqüentado tão somente por locais, é um daqueles lugares que você agradece de joelhos por ter encontrado. Não é um lugar fancy que você vai encontrar nos guias. Pelo contrário, é despretencioso e até deselegante, porém cozy, com atendimento de primeira e uma comida maravilhosa. Fica na região mais charmosa de Lima: tecnicamente em San Isidro, mas na prática na divisa com Miraflores – a poucas quadras do El Olivar: um parque charmosinho que, como o nome sugere, é apinhado de oliveiras. Eu encorajo uma caminhada no parque após um almoço no La Baguette.

Parque El Olivar - Lima

Bueno, como nosso voo chegou de manhãzinha, antes de fazer check in no hotel entramos no La Baguette (o primeiro lugar que vimos, logo ao lado do hotel) e tomamos o desayuno. Pedi um sanduíche que, apesar de pequeno, era muito bem feito. Como “sobremesa”, uma torta de chocolate. BENZA DEUS: uma das melhores tortas de chocolate que já comi. E o melhor: GIGANTESCA! A fatia deve pesar no mínimo 300g – isso é quase uma refeição! Voltamos TODOS os dias em algum horário para comer a bendita torta. Preços super camaradas, já que é spot dos locais.

Torta de Chocolate -  La Baguette

 

Foi também no La Baguette que provei uma especialidade peruana: Huancaína – um molho/creme que leva queijo, leite, ají amarillo, azeite e sal. Eu não gosto de molhos apimentados at all, mas o ají é utilizado numa proporção que deixa o molho bastante saboroso. Esse molho veio no meu fetuccine, um prato com sabor animal e que custou 20 soles – desde quando não se come por este preço em São Paulo?

Fettuccine Huancaína

A última cusqueña dorada na nossa mesa cativa no La Baguette

O La Baguette fica na Pardo y Aliaga 456 – a poucos minutos caminhando da Plaza Agustín Gutierrez e do sítio arqueológico de Huaca Pucllana.

Se você tem uma conexão no aeroporto, o La Baguette tem uma filial no outlet logo ao lado, eu encorajo os 5 minutos de caminhada até o outlet se você tem uma conexão longa. Além da excelente comida, eles tem free wi-fi.

Wallqa: é o restaurante escola da filial peruana do Le Cordon Bleu. O ambiente tem uma personalidade bastante peruana, numa releitura contemporânea internacional. A comida é muito bem preparada e os preços te fazem pensar que estas dando prejuízo ao restaurante: carnes e aves a 31 soles, pastas e saladas a 24 soles, pescados e mariscos a 31 soles e as sobremesas a 22 soles.

Appetizer

Appetizer

Pedimos Lomo Saltado clásico e Tornedo a lo Pobre. Pics speak for themselves.

Lomo Saltado Clásico - Wallqa

Lomo Saltado Clásico – Wallqa

Tornedo a lo Pobre - Wallqa

Tornedo a lo Pobre – Wallqa

 

O Lomo Saltado é, junto do cebiche, o mais típico dos pratos peruanos. Comi em vários lugares e o do Wallqa foi o melhor disparado. O Tornedo a lo Pobre também estava no ponto. Eita Giovana.

O único que deixou a desejar foi a sobremesa, pedimos volcán de chocolate com sherbet de frambuesa. Com um nome desses, eu tava esperando um petit gateau com sabor marcante and lots of melting chocolate. Quem dera. Foi um bolinho bonitinho mas meio insosso e o sorbet era só sorbet mesmo.

Volcán de Chocolate con Sherbet de Frambuesa - Wallqa

Volcán de Chocolate con Sherbet de Frambuesa – Wallqa

VERY GOOD

Pescados Capitales:

Uma das melhores cebicherias de Lima, o Pescados Capitales fica na avenida La Mar, no coração do cluster cebichero da capital.

O restaurante is all about pescados & pecados. Os pratos, a base de peixe, levam nomes relacionados a pecados ou virtudes. A descrição é lúdica (ou sarcástica), interessante.

Cebiche Mandela - Pescados Capitales

Cebiche Mandela – Pescados Capitales

O ticket médio não é barato, mas o sabor, apresentação e serviço são de excelente qualidade. Pedi o Cebiche Mandela e achei bem gostoso. Foi a única cebicheria famosa que fui em Lima, e acho que acertei.

Sanguchería La Lucha:

Outra tradição peruana são os sanduíches. Conheci o La Lucha na feira gastronômica Experimenta, onde provei o de lomo e o de leitão. Gostei muito dos dois. A carne, ainda que bem passada, é MUITO suculenta. Eles tem 3 filiais em Lima, além de delivery. Vou dizer que achei os sanguches bem mais gostosos que os hambúrgueres de São Paulo. Yummy.

AVERAGE

Delifrance: namoramos esse lugar um pouquinho antes que pudéssemos ter a chance de entrar. Era um domingo e estava fechado para o jantar – no kidding. Voltamos dois dias depois com altas expectativas que, infelizmente, não foram alcançadas. Comparando com outros restaurantes da cidade, this is freaking pricey – pratos a um promedio de 40-50 soles, com opções de até 79 soles!!! Fomos numa terça-feira para almoço, e os freqüentadores eram invariavelmente executivos ou damas limeñas.

BTW me chamou muito a atenção que, nesses restaurantes que conhecemos, os peruanos presentes eram todos brancos de olhos claros, enquanto 99% dos cidadãos en las calles tinham fortes feições indígenas. Meu sangue latino, minh’alma cativa.

Também achei curioso ver muitos grupos de mulheres nos cafés e pastelerías no meio da tarde, jogando conversa fora com as amigas, nem aí pra hora do Peru. Alguns cafés tinham até promoções de tea time. The real housewives of Miraflores?

Voltando ao review gastronômico, o menu do Delifrance era bem francês mesmo, muito pato, coq au vin, creme brulee, tarte tatin. Talvez eu tenha pedido o prato errado mesmo: Mignon de porc au sauce moutarde.  Não estava nem lá nem cá. A entradinha estava mais gostosa que o main course.

Appetizer - Delifrance Miraflores

Appetizer – Delifrance Miraflores

 

Mignon de Porc au Sauce Moutarde - Delifrance Miraflores

Mignon de Porc au Sauce Moutarde – Delifrance Miraflores

Achei o custo-benefício bem fraquinho. Talvez eu tenha feito a escolha errada, mas como a primeira impressão é a que fica, eu definitivamente não voltaria.

Suprema De Pollo Maryland

Eu não lembro o nome do restaurante que pedi a Suprema de Pollo Maryland, mas era o único aberto domingo a noite perto do hotel. O restaurante fica em baixo do New York Burger, ao lado do iPlace, na Av. Santa Cruz, ao lado do Ovalo Gutierrez. O atendimento foi bem ruinzinho – talvez por ser domingo a noite, mas a tal de suprema de pollo Maryland estava muito boa.

Há melhores restaurantes em Lima, mas como não foi ruim, vale a pena lembrar.

Suprema de Pollo Maryland

Suprema de Pollo Maryland

BELOW EXPECTATIONS

La Bombonniere Larcomar – péssima experiência, esperamos muito tempo na mesa até sermos atendidos, tanto tempo que desistimos de comer. A casa não estava cheia e havia muito garçons. Bué bué. Perhaps next time Bombonniere – só que não, com tanto lugar bom em Lima jamais piso na Bombinniere de novo.

 

Larcomar - Lima's serving foggy realness

Larcomar – Lima’s serving foggy realness

OUTROS

Gaston Y Astrid: Deixei para tentar 3 uma reserva assim que cheguei em Lima, onde ficaria por 4 dias, e não consegui reserva. Por ser um dos melhores restaurantes do mundo, a casa lota quase todos os dias, portanto, get your reservations prior to arrival. Mas com tanto lugar bom que conheci, no regrets.

Chicha Morada:

Para acompanhar suas refeições não deixe de pedir uma chicha morada – suco doce feito de milho roxo and spices. Tente experimentá-la em um bom restaurante, achei as chichas moradas que provei em lugares mainstreams eram muito doces e lembravam aquele xarope de groselha vendido em pet nos anos 90.

Maiz:

Um dos principais ingredientes da culinária andina, o milho pode ser saboreado de diversas maneiras: seja cozido como um side dish, seja tostado e salgadinho (cancha) servido como snack/aperitivo, ou até fermentado e servido como bebida – a famosa chicha morada.

Eu me apaixonei pelos milhos do Peru. Além do sabor incrível, dão uma sensação muito boa de que se está ingerindo algo saudável.

Peruvian Corn

Peruvian Corn

O Pisco:

Uma aguardente derivada do mosto (fermentado) de uva é a mais tradicional das bebidas alcoólicas peruanas. Do pisco são feitos vários drinques, talvez o mais conhecido seja o Pisco Sour que leva suco de limão verde, açúcar, clara de ovo e angostura. É ácido e muito aromático, eu gostei muito!

Pisco Sour

Pisco Sour

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Machu Picchu / Cusco – Dicas

Machu Picchu: as ruínas da legendária capital Inca

Machu Picchu: as ruínas da legendária capital Inca

Resumindo: Machu Picchu é um must go, mas um dia para visitá-lo é mais que suficiente. O ideal é chegar cedinho e ir embora ao meio-dia, evitando a orda de turistas que fica entre o meio da manhã e o meio da tarde. Esse “dia” de Machu Picchu representará em custo boa parte do budget total da viagem, portanto, tente maximiza-lo: leve água e comidinhas para o tour, desça a trilha de Machu Picchu a Aguas Calientes (40min) a pé e se possível compre a entrada de estudante.

Essas são as dicas fundamentais, de resto, prepare a camera e lembre de tudo aquilo que você aprendeu deveria ter aprendido sobre os Incas durante a escola!

Algumas dicas importantes:

1. Comprar Ingressos para Machu Picchu

Primeira pergunta: você quer ir a Wayna Picchu? Caso positivo, compre a entrada asap, Wayna Picchu recebe apenas 400 pessoas por dia e os ingressos acabam rápido.

Wayna Picchu é aquela montanha atrás da cidadela que sai na foto de todo mundo. Lá de cima se tem a vista panorâmica das ruínas principais de Machu Picchu.

Os ingressos podem ser comprados pelo site, ainda no Brasil. Entretanto, poucas pessoas conseguiram efetuar a compra on line. Uma mensagem de erro costuma aparecer nas tentativas de pagamento.

A única solução neste caso é pedir a compra através de uma agência. Foi o que fiz e paguei um adicional de 20% para isso. A agência que me ajudou a compra-los é a limamentor.com, apesar do preço alto, foram super corretos na compra.

Caso não faça questão de subir o Wayna Picchu, você pode comprar o ingresso em Cusco ou mesmo em Machu Picchu.

O preço é salgado, então se você for estudante não hesite em comprar ingresso pela metade do preço. Para isso terá que apresentar sua carteirinha de estudante internacional ISIC. Caso você não tenha uma, não se preocupe, pode fazê-la em Cusco em menos de 1h. Eu fiz a minha assim (mas para comprar o boleto turístico de Cusco por metade do preço).

Leve uma foto 3×4 e comprovante de matrícula em uma agência que fica no terceiro andar da galeria RuiSeñores na Plaza de Armas de Cusco e diga que quer fazer o carnet estudantil. Vai te custar 12 dolares e sai na hora. Tem validade de 16 meses. Vale muuuuito a pena!

A Galeria RuiSeñores fica do lado esquerdo da Plaza de Armas quando você está de frente para a Catedral.

2. Vale a pena ir a Wayna Picchu?

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Vale a pena subir a montanha?

Veja bem… antes de ir li comentários positivos e negativos sobre subir Wayna. Pelo sim e pelo não, decidi que iria.

 

Wayna Picchu é a montanha ao fundo, que sai na foto de todo mundo!

Wayna Picchu é a montanha ao fundo, que sai na foto de todo mundo!

Paguei a mais por isso porque tive que contratar um intermediário no Peru para efetuar o pagamento da entrada, dado que há poucas vagas e esgotam rapidamente.

Há que se considerar também que a subida leva mais de uma hora e que o hiker deve ter disposição para isso. Ainda, os horários de entrada em Wayna são de 7 a 8 e de 10 a 11 da manhã e isto implica em que tenhas de dormir em Aguas Calientes.

Ademais, antes de subir eu achava que seria o único lugar em que se poderia ver Machu Picchu do alto. Não é. Existe uma trilha no sítio que leva à porta do sol (puerta del sol/sun gate) que fica do lado oposto a Wayna Picchu e tem quase a mesma altura deste, mas com a vista contrária da cidade. É a mesma coisa? Não. É similar? Talvez. Mas há de se considerar que o esforço em subir Wayna é muito maior que o de subir a trilha da porta do sol.

A descida é ingrime e dá aquele friozinho gostoso na barriga!

Descendo o Wayna Picchu

Descendo o Wayna Picchu

A porta do sol fica no final da trilha à esquerda/centro da foto abaixo:

Machu Picchu visto de Wayna Picchu

Machu Picchu visto de Wayna Picchu

Vista de Machu Picchu a partir da Puerta del Sol

Machu Picchu visto da Puerta del Sol

As cartas estão sobre a mesa. The choice is yours.

3. Como chegar a Machu Picchu sem fazer a trilha Inca?

3.1 Ir a Macchu Picchu de Trem

Quando pesquisei sobre como chegar, essa foi a única alternativa que encontrei (à exceção da trilha inca). Há duas empresas que fazem o trajeto: Peru Rail e Inka Rail. São diversos tipos de vagão a preços bem salgados, o mais barato custava usd 57 por trecho por pessoa – o trajeto dura apenas 1h40 (porque o trem para diversas vezes no caminho, do contrário seria 50 min max).

Pode-se comprar pelos sites das companhias, mas uma vez mais não consegui efetuar o pagamento. Enviei um email para a Inka Rail e me deram um prazo para realizar o pagamento junto ao Banco de Credito de Peru até dois dias antes da partida. Foi como procedi.

Note que as estações de trem não ficam em Cusco, mas em Ollantaytambo ou Poroy que ficam, respectivamente, a 70km e 15km. Poroy tem frequência reduzida de trens, o mais comum é ir e voltar por Ollanta. Neste caso, agende o passeio que faz Vale Sagrado, Pisac e Ollantaytambo. O passeio costuma terminar a tempo da saída do trem das 16h30.

Nossa volta de Ollanta a Cusco levou 2h, há várias vans que trazem os turistas de volta para Cusco e custam entre 10 e 20 soles.

3.2 Ir a Machu Picchu de carro (by car, como se diz por lá):

Custa 80 dolares round trip. Um taxi fará um caminho diferente do trem, com duração de 4h até um ponto chamado hidroelétrica. A partir daí se segue a pé por 2h até Águas Calientes.

É mais trabalhoso? Sim! Mas também é uma maneira de fugir do cartel de trens e do modelo turistão tradicional. Se eu soubesse desta alternativa antes de ter comprado o trem, seria a minha eleita.

4. Quanto tempo ficar?

Machu Picchu is pretty much a one day trip. Como costuma ser bem cheio, o ideal é ir bem cedinho (antes das 6h) para fazer as fotos com as ruínas ainda vazias. Isto quer dizer que você pegará os primeiros ônibus que saem de Aguas Calientes entre 5h30 e 5h45. Além de estar mais vazio, neste horário é mais fresco para andar pra lá e pra cá. Se der sorte, ainda conseguirá pegar o nascer do sol.

Para pegar esses ônibus, você deve dormir em Águas Calientes no dia anterior à visita. Assim, os horários de trem mais indicados são:

Saída de Ollantaytambo as 16h30 (chega em Aguas Calientes lá pelas 18h30), você dorme cedo para acordar as 4h30 na manhã seguinte, dia da visita.

Nascer do Sol em Machu Picchu as 6am

Nascer do Sol em Machu Picchu as 6am

Lhama inconformada com a invasão de turistas as 10am

Lhama inconformada com a invasão de turistas as 10am

Saída de Aguas Calientes nos trem a partir das 14h. Confie em mim, 6 horas para visitar as ruínas é muito mais que suficiente. Eu acabei reservando o trem das 19h e me arrependi bastante. Mesmo tendo escalado Wayna Picchu, andado pela porta do sol e ido até a ponte inca, finalizei a visita perto de meio-dia. Ou seja, fiquei 7h no centro de Aguas Calientes esperando o trem sem ter o que fazer.

Águas Calientes não tem nada mais pra se ver. Nada que valha à pena. Comer é mais caro que Cusco ou Lima e a qualidade infinitamente pior. Vá à Machu Picchu e volte imediatamente à Cusco.

5. De Águas Calientes a Machu Picchu – como ir?

O caminho de Aguas Calientes para Machu Picchu tem entre 3 e 4km. Há ônibus que saem de Aguas Calientes a partir das 5h30 da manhã. Cada trecho desse ônibus custa USD 10,00. Se você vai subir Wayna Picchu, recomendo que compre a ida, assim não chegará esgotado ao topo. Do contrário, recomendo que suba à pé. O preço não vale a pena, achei super perigosa a subida de ônibus. Note que o caminho para a subida a pé é uma linha reta, mais curta que todo o caminho sinuoso. Isto quer dizer que a descida é super fácil de ser feita caminhando.

6. Quanto custa?

Continha de padeiro, por pessoa:

Entrada Machu Picchu com Wayna Picchu com agência: USD 70,00

Entrada Machu Picchu sem Wayna Picchu com agência: USD 60,00

Trem de Ida e Volta: USD 114,00 (mais barato)

Transfer Cusco – Estação de Ollanta – Cusco: 20 soles

Hotel 3 estrelas: USD 80,00

Refeição: 40 soles

7. O que levar e o que vestir em Machu Picchu?

Água! Leve pelo menos uma garrafa de 1l. La em cima, caso você precise comprar, vai te custar 10 soles (8 reais) a garrafa de água.

Leve umas bananas, é comum ter cãibras pelo esforço físico.

Faz frio em Machu Picchu? fui em setembro e não estava frio. Quem usou bermuda e camiseta se sentiu bastante bem. O tempo muda rápido, é bom ter uma jaquetinha em caso de chuva.

Machu Picchu está 1.000 metros abaixo de Cusco, o cansaço gerado pela altitude é bem menor.

Camera com bateria carregada e bastante espaço para fotos e muita vontade de caminhar! Buen viaje!!!

E antes que eu esqueça: não deixe de ver a ponte Inca!

E antes que eu esqueça: não deixe de ver a ponte Inca!

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Siem Reap – Roteiro de 3 dias – Dia 3 e outras dicas

Quando planejei a viagem, me propus a ver todas as ruínas nos dois primeiros dias e deixei o último para ir à Fazenda de Seda, mas no final das contas não acordei cedo o suficiente e passei o resto da manhã na piscina no hostel.

Fiz check-out e fui dar uma volta na rua principal e conhecer o Old Market. Damn, as coisas são ainda mais baratas nesse lugar. Metade dele é uma grande feira de secos & molhados e restaurantes (com a entrada para fora do mercado) – esses eu não recomendo de maneira alguma. Higiene bastante duvidosa. A outra metade do Old Market é formada por barraquinhas de bugigangas e souvenirs (muito pouco do que se vê de souvenirs não tem cara de made in china). Comprei camisetas por USD 2-3.

Cambojano tirando uma power nap no balcão de comidas

Cambojano tirando uma power nap no balcão de comidas do Old Market

Como falei em outro post, concentre as compras no Old Market e jamais se esqueça de pechinchar.

Bueno, aqui vão algumas opções pra quem não quiser desperdiçar o terceiro dia (como eu):

– Fazenda de Seda: Cambojan Silk is the finest souvenir you can get. Você vai ver seda sendo vendida em todo lugar. Lá se vê todo o processo de fabricação, desde a fabricação do fio retirado do bicho da seda, até a manufatura do tecido, scarfs, roupas e etc.

– Floating Village:outro passeio bem famoso é a visita a uma vila flutuante. É bem turístico, no vôo de volta, uma americana do meu lado, com cara de ser uma daquelas que teria adorado o tour exótico a uma vila onde as pessoas vivem sobre o rio, contou que achou meio fake o negócio. Se na sua viagem você vai dar uma passada em Bangkok, acho que uma visita ao mercado flutuante pode ser mais interessante.

– Khmer Cooking Class / Khmer Cocktail Class: outra atividade que virou moda na Tailândia foi importada para Siem Reap: um dia aprendendo a fazer comida local e mais, sofisticou-se a ponto de ter também aulas de cocktails khmer (aposto que ensinam a fazer cosmo e dry Martini). Não cheguei a ver os preços nem outros detalhes, aprender a fazer comida apimentada definitivamente não é my thing.

– Old Market: feira de bugingangas, comidas e alguns restaurantes (nada recomendáveis) onde se encontra os artigos mais baratos de Siem Reap, de seda a estatuetas de Buda (cuja procedência tem grandes chances de ser chinesa). É um must see de Siem Reap.

– Massagem: cara, o mínimo de massagens que você deve fazer quando no Camboja ou Tailândia é 3/dia! Kidding, mas pelo menos uma diária você precisa fazer, são várias modalidades, a saber:

– Foot Massage: $ 3 / 60 minutos (bancas quaisquer) – depois de um dia caminhando ou pedalando, uma foot massage rocks. É até meio vergonhoso chegar com os pés suados e cheios de poeira depois de um dia walking over the ruins, mas a massagista te lava antes da massagem. Now we are talking!

– Fish Massage: $ 3 / 60 minutos (bancas quaisquer) – consiste em um aquário cheio de peixes que atacam as células mortas dos teus pés. É interessante, mas né, nego vê aqueles tanques cheios de peixes e pés e sabe-se lá quando a água foi trocada e vai que o peixe leva algum tipo de organismo do pé de um chinezinho pro teu? Eu hein!

Fish Massage em Siem Reap

Fish Massage em Siem Reap

– Body Massage: A partir de $ 8 / 60 minutos nas casas mais simples, chegando a um teto de $ 25 nas mais sofisticadas. Body massage tende a ser mais severa que as demais porque a massagista alonga partes do teu corpo que via de regra as pessoas não são muito acostumadas a alongar. Dói um pouco, mas a sensação é muito boa! Extremamente energizante. Se você for homem, muito provavelmente te oferecerão happy ending (ou seje).

– Oil Massage: A partir de $10-12 / 60 minutos, chegando a $35 nas casas mais sofisticadas. É, em geral, mais suave que a body massage e tende a promover efeito relaxante. Pode ser feita com óleo mineral sem perfume, ou com diversos tipos de óleos odorizados.

Em Siem Reap eu testei bancas na rua para foot massage e uma casa super legal, a Asia Herb Association. Foi uma luxury experience por apenas USD 20+tips (que, nos padrões cambojanos, é uma puta grana). Esse lugar fica na rua principal de Siem Reap e oferece um tratamento muito legal. Como eles não falam inglês muito bem, você recebe um tipo de menu onde assinala-se as preferências de massagem (body, mineral oil or aroma oil, light, medium or hard, banho antes ou depois etc.).

20140131_17293520140131_184515Depois, entra numa ante-sala, tira os sapatos e recebe uma pantufinha para calçar e um kit. Aí você toma um chazinho e em seguida a massagista te chama e leva pra um quarto separado.

 

 

IMG_3670Mostra que no kit tem uma roupa íntima (acredito que para não manchar a tua roupa com óleo). Eu pedi pra tomar banho antes e o chuveiro era uma beleza! Depois do banho ela acende umas velas, liga um sonzinho ambiente, você tira a roupa e os trabalhos começam.

IMG_3669Mano, gente fina é outra coisa. O tratamento é muito bom. Como eu já tinha feito body massage, achei a oil bem fraquinha. Mesmo assim, a experiência nesse lugar valeu muito a pena! Ainda que eu tenha achado a Health Land em Bangkok ainda melhor que essa.

Ah, entre light, medium and hard, eu pedi medium. Imagino que a hard valha mais a pena.

Outras Dicas Sobre Siem Reap

Onde comer e beber em Siem Reap:

A cidade é bem pequena, e tem basicamente uma rua principal e a rua das baladinhas – The Pub Street.

Lá é possível encontrar cerveja por um USD 0,50 🙂 e como um bar fica ao lado do outro e não se cobra pra entrar, a galera fica pulando de galho em galho, conhecendo gente e bebendo like there’s no tomorrow. Nem na faculdade fiquei bêbado com tão pouco. Além de beber, os bares servem cardápios variados. De sushi (quem sem arrisca?) a spaghetti, passando por Fish Amok e KFC. Dá pra passar a noite bonito! Todos os bares são muito parecidos e o mais animado deles talvez seja o Angkor What? que é mais parecido com uma baladinha.

Mas é numa ruelinha parela à Pub Street que fica o bar que mais gostei em Siem Reap. Menos movimentado e mais intimista, atrás de uma pequena travessa se esconde o estiloso Miss Wong. Uma atmosfera “rouge rococó”, com mesinhas bem separadas e reservadas, criam um clima ideal pra bater-papo e se divertir com os amigos. A extensa lista de cocktails é o chamariz da casa. Serviço muito bom. Fortemente recomendado para os que queiram fugir da V1D4 L0K4 que é a pub street.

Melhor sorvete: Blue Pumpkin – os caras são feras no sorvete, um misto de gelatto italiano e fatty american ice cream. Perfection. O ambiente é totalmente ocidental, e como os caras oferecem ar condicionado, free wi-fi e um sofazão, neguinho fica lá pra sempre. Esse lugar foi dica de um piloto da Delta muito gente fina (Jerry) que conheci no ônibus de Bangkok a Ayutthaya. Provei vários sabores, os de fruta são muito bons, mas o melhor hands down é o Rocky Road. Além de sorvete, também servem almoço/jantar.

Sorvete+Sofá+Ar Condicionado+Wi-Fi = Paraíso

Sorvete+Sofá+Ar Condicionado+Wi-Fi = Paraíso

Cambio: a moeda oficial do Camboja é o Riel, mas em Siem Reap você só vai utilizar dólares. Aceita-se a moeda americana em todos os lugares e você só deverá receber Riels como troco em valores menores que 1 USD.

Locomoção: Tuk-Tuks são o método mais comum de se ir de um lugar a outro, dentro da cidade uma viagem do hotel à Pub Street, por exemplo, vai custar entre $1 e $2 (dólares). Pechinche, vão começar cobrando $4, mas sempre fecham por $1 ou $2. Viagens longas, como para ver o templos, variam entre $ 25 e $ 30.

Angkor Wat by Tuk Tuk

Angkor Wat by Tuk Tuk

Outro meio de transporte recomendado é a bicicleta, pode-se alugar uma, por entre $1 e $2 para o dia todo.

Há também taxis fechados. Acho que são uma boa, principalmente se for em uma época especialmente quente. Mas também acho que andar de carro não tem a mesma emoção que de Tuk-Tuk/Bicicleta.

Segurança: Siem Reap costuma ser bem segura, não li nem ouvi casos de assaltos ou mesmo pick-pockets. É preciso tomar cuidado, contudo, com scamming. Desde motoristas de Tuk-Tuk que param em todas as lojas, até todos os tipos de vendedores que oferecem um toró de objetos por preços bem salgados. Para evitar essas dores de cabeça, pesquise na internet e pergunte no seu hotel/hostel antes de agendar passeios ou ir às compras.

Golpe do leite em pó: quase caí num velho truque – que de tão velho, já cruzou o mundo e acontece bastante em Salvador. Uma criança segurando um bebê me pede para comprar leite e me leva a um supermercado próximo, chegando à loja, pego um leite longa-vida e a criança servindo fierce realness implora pra eu comprar leite em pó, que custa absurdos $ 25!!! Com $25 aquela criança consegue sustentar a família por um mês inteiro. Nesse momento percebi que era scamming e vazei na capoeira (cuidando dos meus belongings, claro). A menina ainda agarrou e arranhou meu braço e gritou em claríssimo inglês: Fuck you man!

 

Quanto Custa:

Siem Reap é um dos lugares mais baratos que já visitei (não mais barato que a Tailândia, though), muita gente fazendo mochilão. Abaixo custo de itens básicos:

Água Mineral: $0,50

Cerveja (mug); $0,50 – $1,50

Refeição Média: $6 – $8

Taxi Aeroporto – Centro: Taxi $10, Tuk-Tuk $7, Moto $2

Visto (on arrival): $20

Visita aos Templos: 1 dia $20; 2 dias $40; 3 dias $60 (como eu disse em outro post, 2 dias é suficiente para ver 80/20 dos templos)

Hostel/Hotel: range infinito, os hotéis bons são bem mais caros que no resto do Sul da Ásia.

Resumo: o Siem Reap é um destino muito em voga e cheio de turistas o ano todo. Ficar lá é bastante barato e seguro (salvo tentativas de scamming que convenhamos, não oferecem o menor risco à integridade física). 3 dias é o suficiente pra conhecer os pontos turísticos mais importantes e a melhor maneira de chegar é de avião. As ruínas são a principal atração, mas além disso tem um espetáculo de circo imperdível, fazenda de seda e as massagens nossas de cada dia. Aproveite muito, você sentirá saudades!

Faces de Angkor Thom

Faces de Angkor Thom

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Siem Reap – Roteiro de 3 dias – Dia 2 (Parte 2)

Saindo do Restaurante, ofereci um trident pro meu amigo Ret e seguimos rumo a Angkor Thom, não sem antes parar em alguns outros pequenos templos.

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Após paradas expressas nos templos acima, adentramos ao grandioso sítio de Angkor Thom, uma das maiores cidades Khmer, provavelmente fundada no século XII e capital do reino pelos cinco séculos seguintes. Seu nome significa Grande Cidade. Apropriado. Estima-se ter sido a morada de algo em torno de 80 a 150 mil pessoas.

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Entrada de Angkor Thom

Distante 1,7km de Angkor Wat, A. Thom é um quadrado cercada por quatro muros de 3km de extensão e 8m de altura. Há um portal de entrada em cada lado da cidade e todas levam a sua parte central. Os portais foram construídos de maneira idêntica, mas o South Gate é o mais bem conservado/restaurado.

Faces de Angkor Thom

Faces de Angkor Thom

Ouvi um guia dizendo que todas as faces esculpidas nos portais e no Bayon (escrevo em seguida) seriam a cópia da face do rei. Não encontrei isso em nenhuma fonte, mas achei que a história combinava rs.

 

 

 

 

 

Ret me largou na frente do Phimeanakas. Uma construção piramidal que provavelmente serviu como palácio real do século XI ao XVI. É muito alto, tem 3 níveis com 12 metros cada e um tipo de santuário com mais 2,5 metros de altura no topo. Vou te contar que de perto parece ainda mais alto.

Phimeanakas

Phimeanakas

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Rumour has it, que o rei subia every single night ao santuário principal para se deitar com uma mulher que, reza a lenda, seria a encarnação da Naga (deidade serpente na mitologia hindu/budista) de 9 cabeças, a fim de receber bênçãos sobre seu reinado. Are baguandi!

 

 

 

Logo ao lado está outra construção piramidal ainda mais grandiosa: Bapuon. Serviu como casa central do governo Khmer a partir do século XI.

Bapuon

Bapuon

Sua restauração foi finalizada em 2011, após cerca de 50 anos de trabalhos interrompidos, sobretudo, pela guerra do Khmer vermelho.  Quando construído, serviu como templo de adoração a Shiva, e mais tarde (como tudo na Indochina) tornou-se um templo budista.

Bapuon

Bapuon

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A estrutura de Bapuon é muito grande. A vista do topo é animal.

 

 

 

 

 

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Vista interna do Bapuon

Vista interna do Bapuon

Moça cambojana super simpática trabalhando na manutenção do Bapuon

Moça cambojana super simpática trabalhando na manutenção do Bapuon

E a mais impressionante de todas as ruínas de Angkor Thom é o Bayon. É uma estrutura complexa, formada por uma quantidade massiva de torres com rostos esculpidos. Foi o principal templo do império Khmer, tendo sido remodelado pelos diversos reis ao longo dos séculos. Sua localização era considerada o centro do império e do universo.

The Bayon

The Bayon

Deve ter sido a décima ruína visitada no dia, e ainda assim, fiquei muito impressionado. O clima enigmático criado pelas faces nas torres de diferentes tamanhos/alturas é espetacular.

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IMG_3656Mesmo tendo ficado boquiaberto com Angkor Wat, de queixo caído com Banteay Srei, não consegui não me estupefar com o Bayon.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Faces esculpidas no Bayon

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Quantas faces você vê?

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IMG_3649IMG_3660IMG_3656IMG_3663IMG_3664IMG_3653Saindo dali, em direção ao hotel paramos em mais um par de templos menores, mas o calor/cansaço já diminuía o prazer em vê-los. Só queria a piscina do hostel (que talvez tenha sido a única coisa que valeu a pena naquele lugar).

Depois de jantar, fui ao Phare, the Cambodian Circus (USD 14,00), que além de ser um show muito bem produzido, (com uma história tocante, em um picadeiro intimista e artistas muito bem preparados) é um dos melhores projetos sociais da cidade. Todos os artistas são cambojanos que viviam em situação de extrema pobreza.

Phare The Cambodian Circus

Phare The Cambodian Circus

 

Phare The Cambodian Circus Artists

Phare The Cambodian Circus Artists

Além de serem treinados em aptidões circenses recebem educação formal de primeiro mundo, um salário e poder para mudar a situação em que viviam e encorajar outros conterrâneos a lutar por um país melhor. O slogan diz tudo “Phare: uniquely cambodian, daringly modern”. Sem dúvidas, um MUST SEE em Siem Reap.

 

 

Dica: chegue mais cedo e aproveite o restaurante que fica no circo. São mesas a luz de vela, a céu aberto, muito legais!! Preços muito justos.

O que achei mais legal no Phare foi que saí de lá com a seguinte impressão: um espetáculo de primeira e by the way, um projeto social fantástico. U know what I mean? As pessoas não vão lá pra dar esmola, vão lá porque é um baita show. Todos os projetos sociais deveriam ser this excellence driven, isso garante sustentabilidade.

Quando li alguns blogs antes da viagem, as pessoas sempre falavam que o mais legal do Camboja era o sorriso sincero das pessoas. Não lembro de nenhum sorriso sincero. Mas me impressionou muito um certo fierce for surviving. Eu vi guias locais falando francês, espanhol, inglês, alemão, japonês, koreano e mandarim. No Brasil, em lugares turísticos cuja realidade socioeconômica não é lá tão diferente, talvez eu tenha visto algum guia local enrolando um portunhol.

 

Vale Saber:

– Tente sair o mais cedo possível para a visitação, dado que;

  1. Há muita gente visitando as ruínas (especialmente chineses) e vai ser muito difícil fotografar.
  2. Calor e poeira do Camboja fazem com que o passeio se torne muito cansativo.
Invasão chinesa no Bayon

Invasão chinesa no Bayon

– Nos templos você vai encontrar muitos cambojanos, crianças inclusive, vendendo cartões postais, seda, livros, souvenirs etc. Você vai ficar com muita pena (eu que tenho o coração de pedra fiquei com pena), mas a melhor maneira de ajudar não é comprando suas bugigangas. Felizmente há várias organizações filantrópicas atuando em Siem Reap, como o circo, a fazenda de seda, o museu das minas terrestres. Ajude estas organizações, elas sim são capazes de quebrar o circulo vicioso de miséria do país.

– Na visita em Angkor Wat comprei o livro Ancient Angkor (Michael Freeman and Claude Jacques) por USD 14,00 (encontrei o mesmo livro sendo vendido a USD 8,00 no dia seguinte, portanto digo e repito, compre tudo no Old Market). Mas de fato, a visita valeu mais a pena por ter o livro em mãos. Se não contratar um guia, leia o máximo possível antes e durante os passeios.

Adeus, Bayon! Até logo Angkor Thom!

Adeus, Bayon! Até logo Angkor Thom!

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Siem Reap – Roteiro de 3 dias – Dia 2 (Parte 1)

Siem Reap – Roteiro de 3 dias – Dia 2 (Parte 1):

O motorista da moto que me levou do aeroporto pro hotel também se ofereceu pra me guiar pelos templos, de TukTuk no dia seguinte. Como o inglês dele era bom, confirmei. Acertamos o preço (depois da famosa barganha – você é obrigado a barganhar, ou os negos te metem a faca) em USD 25,00 para ir a todos os templos (menos Angkor Wat que eu já teria conhecido).

No dia seguinte ele não apereceu, mas mandou seu homônimo Ret (pronuncia-se Rit). Achei bem estranho ele não ter ido e ter mandado outra pessoa. Pra mim era mais que certo que viria scamming de novo. Por sorte meu amigo Ret foi um excelente motorista e me levou sem pressa nenhuma a todos os templos que combinamos. No final do dia até paguei a ele mais do que o combinado, porque o cara foi muito de buenas! Recomendo! Seu fone é 012 61 55 69.

Angkor Wat by Tuk Tuk

Angkor Wat by Tuk Tuk

E o passeio começou com o mais distante (20-25km de Angkor Wat), e pra mim mais belo, dos templos: Banteay Srei.

Banteay Srei no mapa

Banteay Srei no mapa

Por ficar bem afastado de Angkor Wat, dá pra ver um pouco do que é a vida no Camboja. A sensação que se tem é que o tempo não tem muita pressa nesse lugar.

Walking Cambojan

Walking Cambojan

Merenda Cambojana

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Diferentemente das demais construções da região, Banteay Srei não foi um templo/aposento construído por um monarca, mas pelo guru do futuro rei Jayavarman V, após ter ganhado aquele pedaço de terra da família real.

Banteay Srei

Banteay Srei

É um templo muito menor que os outros e ricamente esculpido em pedra rosada. As decorações do templo são reconhecidas como as mais sofisticadas da arte Khmer (em beleza, inovação e delicadeza de detalhes).

Banteay Srei Gate

As decorações contam estórias de deidades hindus (Kama, Shiva, Vishnu) e considero muito importante para a visita ter lido sobre – preferencialmente levar o livro consigo – ou contratar um guia. A riqueza de detalhes é tão grande, que se você não tiver um tutor(ial) por perto vai perder os pontos mais importantes.

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Fight between Valin and Sugriva

 

Santuário Central

Santuário Central

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A riqueza de detalhes em Banteay Srei impressiona

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Buda em Banteay Srei

Buda em Banteay Srei

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Tente não chegar muito tarde, por ser um templo pequeno, você pode dar de cara com um montão de gente. Assim ó:

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IMG_3491No caminho para Banteay Srei, passamos por outros templos que (shame on me) não anotei os nomes e não consigo mais ligar o nome à pessoa, dado que impressionavam menos que os mais importantes e lá pelo terceiro já me parecia mais do mesmo.

 

Aparentemente, estes templos são Banteay Sam Ré e Pre Rup, que fazem parte do complexo do East Baray.

 

 

 

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No trajeto de volta, paramos no Cambodian Landmine Museum.É triste saber que estimativas apontam ainda haver no país de 4 a 6 milhões de minas terrestres, herança das 3 décadas de guerra civil. O museu foi construído por Aki Ra, ex combatente criança do Khmer Rouge, com acervo coletado por sua organização que trabalha na limpeza de áreas com minas terrestres.

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Coleção de Minas Terrestres Desarmadas

Coleção de Minas Terrestres Desarmadas

Além do Museu, a organização de Aki Ra oferece educação formal a cerca de 75 crianças da região.

O clima é bem pesado, são dezenas de milhares de minas de várias nacionalidades (americana, russa, polonesa, búlgara, japonesa) e imagens de corpos mutilados. Misery.

 

 

A próxima parada foi Ta Phrom, uma das locações de Tomb Raider. Construído entre os séculos XII e XIII, é talvez a mais pitoresca das ruínas de Angkor uma vez que gigantescas árvores cresceram em meio à construção e suas raízes entrelaçam as pedras.

Indian at Ta Prohm's Entrance

Indian at Ta Prohm’s Entrance

O crescimento da vegetação derrubou algumas paredes e manteve outras em pé ao longo dos séculos e o efeito é genial. O templo foi escolhido pela École Française d’Extrême-Orient (responsável por sua restauração) para ser deixado no seu “estado natural”, limpando apenas a vegetação que poderia causar novos colapsos à estrutura, bem como a que impedia a entrada.

Entrada Ta Prohm

Entrada Ta Prohm

Segundo Freemand e Jacques, são duas as principais espécies de árvores que tomaram conta do sítio: a silk-cotton tree (Ceiba pentandra) – mais alta e grossa – e um tipo de figueira (Ficus gibbosa) – menor que a anterior, mas com quantidade massiva de galhos finos.

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Invariavelmente nascem em fendas das estruturas de pedras. Em geral a semente é depositada por pássaros e após germinar estende suas raízes em direção ao solo.

Ta Prohm

Raízes da silk-cotton tree sobre as ruínas de Ta Prohm

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Ao se entrelaçar nas estruturas dos templos, as raízes acabam se tornando escoras de sustentação.

Todavia, intempéries ou a própria morte natural das gigantes levam a queda e acabam destruindo as paredes em que se encontravam intercaladas.

 

 

 

 

 

 

 

 

A mistura do verde musgo úmido com as paredes e solo avermelhados dão uma sensação mística muito legal para o lugar. É bem como se imagina. Cool!

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Desde 2003 Ta Prohm tem sua restauração guiada pela Archaeological Survey of India (ASI). O trabalho desses caras é foda de fato muito interessante e difícil. Desvendar o quebra-cabeças com peças que talvez nem estejam mais ali e tentar manter as árvores no templo sem que elas prejudiquem a estrutura é chose de loque.

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Depois de Ta Phrom, lunch time. Ret parou em um restaurante no meio da estrada que achei bem decente, apesar de seu banheiro – como na maioria dos restaurantes – não ter descarga. Ainda me pergunto se isso é uma questão de (sub)desenvolvimento ou cultural, porque há água encanada e até chuveirinho no toilet!

Típico Banheiro Cambojano

Típico Banheiro Cambojano

To be continued…

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Siem Reap – Roteiro de 3 dias – Dia 1

Siem Reap / Angkor Wat – Roteiro de 3 Dias: Dia 1

A segunda parada da minha viagem pela Indochina foi o Camboja, como meu período de férias era bastante curto, tive que escolher entre Siem Reap e Chiang Mai (no norte da Tailândia). E posso dizer que não me arrependo.

Angkor Wat View

Angkor Wat View

Mas por que Siem Reap?

A cidade guarda um complexo de ruínas do império Khmer, com mais de mil anos de idade, daquela que foi a mais importante cidade no planeta entre os séculos X e XIII e que nossos professores de história não tiveram a chance de nos contar nada a respeito.

E aí veio aquela dúvida: o que fazer em Siem Reap? Ainda: o que fazer em Siem Reap em 3 dias? Pesquisei bastante e fiz um roteiro bem legal, que compartilho agora aqui no blog!

O vôo de Bangkok a Siem Reap dura cerca de 1 hora, e a companhia aérea com o melhor custo-benefício costuma ser a AirAsia. Você também pode ir por terra, de ônibus desde a capital tailandesa, mas não há uma linha direta. Sim ou sim, terá que pegar um ônibus até a fronteira, cruzar a pé e tomar outro até seu destino final, um trajeto que leva em torno de 12 horas. Ouvi relatos de que na fronteira tailandeses e cambojanos will try to scam you really hard. Acredite em mim, eles tentarão.

Chegando no Camboja

Chegando no Camboja

A passagem aérea é tão barata que não vejo motivo pra tamanho sofrimento. Ok, você pode querer conhecer mais de perto a Cambodian real life, mas você vai fazer isso se alugar uma bike em Siem Reap e andar pela parte menos turística da cidade. Lá você também terá a chance de ser scammed, I as did.

O visto de turismo no Camboja para brasileiros (assim como para europeus) é concedido on arrival, mediante o pagamento de uma taxa de USD 20,00 + uma foto 3×4.  Uma segunda opção é solicitar o e-visa aqui, mas custa USD 5,00 a mais e o site nem funciona direito.

Diferente da Tailândia, o Camboja não requer vacina contra a febre amarela. Não há health control no aeroporto. Desembarque da aeronave e siga diretamente para a fila do visto. Chegando lá, o funcionário vai pedir seu passaporte, USD 20,00 e a foto. Do gentleman que estava na minha frente, o funcionário do governo solicitou USD 2,00 a mais, parece que esta é uma prática comum.

Atrás do balcão o passaporte vai passar pela mão de 4 ou 5 pessoas enquanto você o perde de vista e morre de medo de o extraviarem. 15 minutos depois chamarão pelo teu nome e te entregarão o passaporte com uma etiqueta colada numa página inteira do passaporte. Finalmente, bem vindo ao Camboja!

Saindo do aeroporto você pode escolher o meio de transporte mais adequado para te levar ao hotel. Os preços são tabelados. Taxi USD 10,00, TukTuk USD 5,00 e moto USD 2,00. Há alguma dúvida que eu tenha escolhido a moto? (viajei com uma mochila pequena, não ter malas te permite esses “excessos”) Sem lenço, documento nem capacete, a aventura estava só começando.

Menos de 10 minutos depois estava no meu hostel, que by the way não recomendo pelos seguintes motivos: é mais longe da rua principal que outros hostels pelo mesmo preço, staff muito pouco amigável – ficou puto comigo porque não quis pegar um motorista do hostel para fazer os passeios e não me olhou na cara nunca mais – e café da manhã péssimo: no primeiro dia me serviram um pão cheio de formigas. Vivas. Parecia um formigueiro. Bizarro.

Como cheguei em Siem Reap perto do meio-dia, larguei minhas coisas no quarto e vazei pro centrinho da cidade. Almocei o mais tradicional prato cambojano – Fish Amok (um ensopado/caldo de curry, leite de coco e outras especiarias acompanhado de arroz). A refeição completa (salada, prato principal+acompanhamento, bebida e sobremesa) sai por cerca de USD 6,00 em um restaurante médio. No terceiro dia, fui almoçar com dois amigos do hostel e eles escolheram um chinês onde cada um gastou USD 2,00!!! Óbvio que a comida era muito ruim.

Fish Amok Meal

Fish Amok Meal

Pós almoço, parei na primeira casa de massagem do caminho e por USD 3,00 fiz uma hora de foot massage. South Asia massage rocks!

Em seguida comprei umas garrafas d’água – jamais saia sem elas – aluguei uma bike por USD 1,50 e partiu Angkor Wat! Ainda não sei se foi uma boa idéia, porque de fato as ruínas ficam bem longe do centrinho da cidade (5km-7km).

Siem Reap by Bike

A visitação dos templos requer a compra de ingresso que é valido para todos os complexos (são muitos e em uma área muito grande). O preço para visitar um dia é de USD20,00, 3 dias USD 40,00 e uma semana USD 60,00. O ingresso é comprado na entrada de Angkor Wat, é pessoal, intransferível e impresso com uma foto sua tirada lá mesmo.

Nos dias anteriores, na Tailandia, conheci um piloto da Delta expert em Indochina que me recomendou comprar o ingresso de um dia, porque esse ingresso dá direito a entrar em Angkor Wat a partir das 17h do dia anterior pra ver o por do sol. Excelente dica. Tive tempo suficiente para fotografar, ver o por do sol e ainda ser enganado por uma vendedora de seda e um vendedor de livros hahaha. Não compre nada nos templos, por mais que você ache que o preço está bom, é possível pagar menos no Old Market.

Entrada Angkor Wat

Entrada Angkor Wat

Construído no século XII, Angkor Wat é o maior dos templos do império Khmer e serviu não só como local de adoração de Vishnu, como cidade itself. Sua planta representa um microcosmo do universo Hindu, sendo os gigantescos fossos ao seu redor os oceanos que circundam a Terra e o complexo de galerias concêntricas, as montanhas ao redor do monte Meru (a casa dos deuses). Ainda, as torres seriam a representação da ascenção a um plano superior. Místico, não?

Angkor Wat

Os detalhes nas construções não são menos simbólicos. Angkor é ricamente decorado com deuses, lotus, leões, nagas e principalmente Apsaras (dançarinas celestias na religião hindu).

Apsara

Apsara

Apsaras Angkor WatApsara Angor Wat Por do Sol

Apsara Parede Angkor Wat

Apsara

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Naga - Serpente Mística presente nas entradas de Angkor Wat

Naga – Serpente Mística presente nas entradas de Angkor Wat

Leões protegem a entrada principal

Leões protegem a entrada principal

Flores de Lotus esculpidas nas paredes

Flores de Lotus esculpidas nas paredes

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O templo é tão grande e tem tantas galerias que em determinado momento até pensei que tivesse visitado todas as ruínas de Angkor. Ledo engano.

Galeria com Budas sem Cabeça

Galeria com Budas sem Cabeça

Muitas Galerias formam o templo

Muitas Galerias formam o templo

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Sunset in Angkor Wat

Sunset in Angkor Wat

Diz-se que o nascer do sol em Angkor é o melhor passeio, mas que a invasão de turistas acaba tirando o charme da ocasião. Estava cansado pra acordar antes das 5h da manhã no dia seguinte e fiquei só com o pôr do sol. Foi incrível.

A tonalidade da pedra durante o pôr-do-sol é demais

A tonalidade da pedra durante o pôr do sol é realmente muito bonita

Vendo o sol se por de dentro de Angkor Wat

Vendo o sol se pôr de dentro de Angkor Wat

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Por estar sozinho, aluguei a bicicleta e tudo estava indo bem até então. Só que escureceu e eu tinha os 5-7km pra pedalar de volta ao hotel. No início tive medo de ser atropelado, porque não há sinalização e todo mundo anda junto, misturado e na contramão (ônibus, tuktuks, motos, carros). 15 minutos depois todo o trânsito havia sumido e eu lá, pedalando sozinho, na estrada no meio da selva, escuridão total. E eu achando que ir de moto sem capacete do aeroporto pro hotel é que era aventura.

Thankfully cheguei são e salvo no hostel, pronto pro próximo dia!

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Hasta la vista, Angkor Wat!

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Como Tirar Visto de Trânsito Japonês

Visto de transito japonês

Ao pesquisar como tirar visto de trânsito japonês tive um pouco de dificuldade em encontrar dicas atualizadas e em português, talvez até porque o processo seja bastante simples (ainda mais pra quem está acostumado ao american way of visa).

                Para quem está em São Paulo, basta dirigir-se ao Consulado Geral do Japão em São Paulo, na Avenida Paulista, 854 (Ed. Top Center) – não vá ao Centro de Visto Japonês!, veja o $$motivo$$ abaixo – com o formulário de solicitação de visto e os seguintes documentos:

 

1. Passaporte (original)

2. Formulário de Solicitação de Visto (original)

       – Veja a versão atualizada no site do Consulado

      – Fiquei em dúvida quando cliquei no link, pois algumas perguntas remetiam ao visto de turismo e não ao de trânsito, simplesmente as deixei em branco e não me foi perguntado nada na entrevista. Imagino que pela baixa procura pelo visto de trânsito, o consulado utiliza o mesmo formulário para fins de trânsito e de turismo.

3. Uma foto 3X4cm nítida e recente

4. Carteira de Identidade RG ou RNE (cópia simples)

5. Passagem de ida e volta ou print de reserva (original e cópia simples)

6. Comprovante de renda (original e cópia simples)

     – Imposto de Renda Pessoa Física (todas as páginas, inclusive o recibo de entrega) e extratos bancários (3 últimos meses)

     – Atenção ao imposto de renda, pois solicita-se o documento detalhado e não apenas as páginas que comprovam a entrega do IR.        Vi uma pessoa tendo que voltar pra casa para imprimir o documento completo.

7. Adquirir o visto do país destino antes do visto japonês, quando necessário.

 

O consulado abre as 9h, cheguei com 30 minutos de antecedência e uma penca de japoneses já estava esperando. Como era um dia de trabalho, comecei a ficar irritado porque como eram todos idosos imaginei que teria de esperar o atendimento de cada um deles. Para minha sorte, o consulado é dividido em duas seções: visto e serviços para japoneses e descendentes.

Apenas entrei na seção de vistos e em 20 minutos saí de lá com tudo entregue.

O visto fica pronto em dois dias e custa somente R$ 18,00. A única coisa chata é que é preciso buscar pessoalmente ou por um membro familiar direto e a retirada só ocorre à tarde.

Para minha feliz surpresa, o visto de trânsito permite uma estada de até QUINZE DIAS no Japão. Cool, ha?

Sem mais, o processo é muito rápido, barato e indolor.

 

Vale Saber:

Também em SP existe o Centro de Visto Japonês, um prestador de serviço que intermedia o processo de obtenção de visto e, logicamente, cobra por isso (uma pequena taxa de +- CENTO E QUARENTA REAIS, por algo que você pode fazer diretamente no Consulado do Japão. O mais tricky é que ambos Consulado e Centro de Visto ficam na Av. Paulista;

A solicitação de visto ocorre as segundas, quartas e sextas das 9h às 12h;

A retirada do visto ocorre diariamente das 14h às 16h;

Custa R$ 18,00 (trânsito) e só é aceito dinheiro;

Repetindo: fica pronto 2 dias após a solicitação;

Deve ser solicitado dentro dos 90 dias que antecedem a viagem;

Se for de metrô, desça na estação brigadeiro;

Se for de carro:

    – Estacione na rua (Alamedas Jaú e Itu entre a Pamplona e a Campinas sempre tem vagas);

    – Estacione no próprio Top Center +- R$ 12,00 a hora, nada proibitivo considerando que se está na Paulista.

Se chegar mais cedo: faça uma horinha no Starbucks no primeiro andar do prédio, saída para a Paulista.

 

Have a safe trip!

 

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Instituto Inhotim

Galeria True Rouge

Galeria True Rouge

Desde que ouvi falar de Inhotim, no curso de História da Arte Universal Sintética do MuBE, tive muita vontade de conhecê-lo. E quando surgiu a oportunidade de passar um final de semana em BH, não hesitei em botar o Instituto como prioridade.

A cerca de 100km do aeroporto de Confins (ou 60km ao sul da capital mineira), na cidadela de Brumadinho, situa-se um dos acervos de arte contemporânea mais importantes do país, quiçá da América Latina. E talvez o que chame mais atenção é o espaço em que as obras estão dispostas: 97 hectares de jardins, com mais de 4500 espécies exóticas e da mata atlântica e a maior coleção de palmeiras do mundo, minuciosamente dispostas em uma obra paisagística inspirada em Burle Marx. É um tipo de museu que você ainda não viu.

Hélio Oiticica

Segundo o próprio Inhotim, é hoje reconhecido como um dos principais destinos de arte contemporânea do mundo. Tem obras de Adriana Varejão, Hélio Oiticica, Cildo Meireles, Paul McCarthy, Yayoi Kusama, Amilcar de Castro, Zhang Huan, Tunga, Chris Burden und so weiter…

Galeria Adriana Varejão

Galeria Adriana Varejão

Arquitetura, artes plásticas e natureza make your Day.

Adriana Varejão

Jarbas Lopes

Jarbas Lopes

Cristina Iglesias - Vegetation Room

Cristina Iglesias – Vegetation Room

Galeria Miguel Rio Branco

Galeria Miguel Rio Branco

Edgard de Souza

Edgard de Souza

Edgard de Souza - sem título, 2000.

Edgard de Souza – sem título, 2000.

 

Helio Oiticica

Helio Oiticica

 

The Mahogany Pavilion - Simon Starling

The Mahogany Pavilion – Simon Starling

Cerca de 10 pontos de alimentação, entre lanchonetes, cafés, um restaurante de primeira (Tamboril), um belo Buffet (Oiticica) e um bar à paulista (do Ganso) espalhados pelo parque, permitem que você descanse após cada caminhada, tome um sorvete, água, ou apenas descanse e enjoy the view.

Café na Galeria Miguel Rio Branco

Café na Galeria Miguel Rio Branco

Café no Centro de Educação e Cultura Burle Marx

Café no Centro de Educação e Cultura Burle Marx

Restaurante Oiticica

Restaurante Oiticica

Café na Galeria True Rouge

Café na Galeria True Rouge

Restaurante Tamboril

Restaurante Tamboril

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Algum problema no mapa fornecido pelo Inhotim faz com que o instituto pareça maior do que realmente é. De fato, movimentar-se seguindo o mapa é bastante tricky. Em todas, TODAS, as ruas havia gente perdida se perguntando para onde ficava tal ou tal obra e reclamando baixinho. Os guias do parque, no entanto, sempre que abordados faziam questão de nos levar aonde queríamos e com um baita sorriso no rosto (é sério).

True Rouge

True Rouge

Adriana Varejão

Adriana Varejão

True Rouge

True Rouge

Ainda sobre mobilidade, na recepção é oferecido o serviço de transporte interno, com carrinhos elétricos (for free para pessoas com deficiência e crianças menores de 5 anos, com direito a acompanhante). Mas se você é jovem e saudável, não acho que o serviço valha à pena, já que o trajeto médio de cada carrinho é de apenas 390m. Work that money maker.

É um passeio muito interessante, quem vai a BH, não pode perder!

Vale Saber:

– Endereço: Rua B, 20, Inhotim – Brumadinho, MG.

– Dias e Horários: Terça a sexta, das 9h às 16h30

Sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30

– Preços:

Entrada R$ 28,00 inteira (R$ 14,00 meia)

Transporte Interno R$ 20,00

Kg Restaurante Oiticica R$ 50,00

Água R$ 2,50

Café R$ 4,00

– Dicas: alugue um carro em Confins e vá direto a Inhotim. Saímos da locadora as 9h, chegamos as 11h em Inhotim. Não tenha pressa, pois para chegar a Brumadinho há um trecho de pista simples com grande tráfego de caminhões e filas. Acredito que um dia em Inhotim é suficiente. Aproveite o domingo para conhecer os museus da praça da Liberdade em BH.

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Costa da Lagoa

Esse, pra mim, é um dos melhores passeios de domingo pra se fazer em Floripa: chamar os amigos pra uma bela Sequência de Camarão na Coxxxta da Lagoa, nêgo.

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Apesar de roots, chegar lá não é difícil. Há algumas alternativas (conheço apenas a primeira):
1. Cooperbarco: é uma linha de barcos, com saídas programadas e paradas em vários trapiches – como se fossem pontos de ônibus – ao longo da costa da Lagoa de Fora.

– Ponto do Centrinho da Lagoa (ao lado da ponte que liga a Rendeiras), 40 minutos até os trapiches da Costa.

– Ponto do Canto dos Araçás (entre à esquerda, na rua João Pacheco da Costa – em frente ao Confraria Club – e siga Toda Vida Reto, vais ver alguns trapiches, o barco para em todos, pick yours. Estacione na rua, ou na falta de spots, alugue uma vaga em alguma casa da vila). Só mais 20, 25 minutos de barco até a Costa.

-Há também pescadores que alugam barcos para passeios.

O caminho não é a parte mais chata do passeio. Se de um lado do barco vês uma das mais tradicionais colônias de pescadores manézinhos, do outro, tens a badalada e healthy juventude florianopolitana praticando kite e windsurf. (a extradição me faz pensar essas coisas de mi floripa inventada).

Vista da Lagoa de Fora, desde a Costa da Lagoa

Vista da Lagoa de Fora, desde a Costa da Lagoa

2. Trilha pela Costa da Lagoa: 8km passando por engenhos, casarões açorianos e algumas vilas de pescadores. Tenho muita vontade de fazer essa trilha.

3. Barco no trapiche do Rio Vermelho: não indico esta opção na altíssima temporada, já que pra chegares no Rio Vermelho saindo do centro, a passagem pela Av. das Rendeiras, Mole e Barra da Lagoa é obrigatória. E o trânsito não costuma ser lá muito cristão.

Mapa da Lagoa

Mapa da Lagoa

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Chegando na Costa, desça num dos primeiros trapiches e vá caminhando por uma viela no pé do morro, assim podes conhecer um a um os restaurantes do lugar e beliscar alguma coisa pra escolher o que mais te agrada.

Olhó lhó lhó - Peixe grelhado na surraxqueira

Olhó lhó lhó – Peixe Grelhado na Surraxqueira

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Todos os restaurantes têm trapiches e são pé na areia.

Trapiche Restaurante Lagoa Azul

Trapiche Restaurante Lagoa Azul

Pratos simples, porém no capricho! Recomenda-se pedir a famosa Sequência de Camarão – um tipo de menu degustação que inclui quase sempre: casquinha de siri, pirão de caldo de peixe (sempre lembra a comida da vó, mesmo eu sendo serrano), camarão frito ao alho e óleo, camarão ao bafo, camarão à milanesa e, ufa, finaliza com filézinho de peixe ao molho de… CAMARÃO (e acompanhamentos). Fico devendo a foto do camarão ao bafo, tava tão bom que não deu tempo de pegar a câmera.

Casquinha de Siri

Casquinha de Siri

Pirão de Caldo de Peixe

Pirão de Caldo de Peixe

 

Camarão ao Bafo

Camarão ao Alho e Óleo

 

Camarão à Milanesa

Camarão à Milanesa

Filé de Peixe ao Molho de Camarão

Filé de Peixe ao Molho de Camarão

Frutos do Mar sempre muito frescos, a maioria pescado ali mesmo, na Lagoa de Fora.
Pegue o barco às 9h, e aproveite até meio-dia pra conhecer a Costa: vale um banho de cachoeira, logo atrás da vila.

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